quarta-feira, 21 de novembro de 2012

"Dreams can come true, la la la...not this one, please"

Para quem me conhece e lê ao longo dos anos, sabe a importância que os sonhos têm para mim. E que tenho muitos e de grande significado, bastante frequentemente.
Mas ás vezes, só ás vezes, anualmente ou pouco mais do que isso, tenho um em especial que me marca (como à décadas atrás, que sonhei 4 anos consecutivos, sempre no Outono, com um rapaz chamado Eduardo, de olhos verdes e sardas que meti na cabeça era o homem da minha vida...). Anyhow, hoje de madrugada, foi altura para um desses sonhos. Este, ao contrário do Eduardo alto e espadaúdo, não foi nada bom, por sinal.
Muito resumidamente, após pôr a minha vontade de iniciar uma vida a dois com o JP, em segundo plano: casar, ter filhos, the whole deal, vem uma serigaita da Madeira, diz que está grávida de um menino dele e ele deixa-me para tentar brincar ás famílias felizes com ela, sempre em prol da criança que aí vem (clrao está)!
Alerta: Isto foi o sonho! Não é vida real. Mas podia bem ser...
Eu sei bem de onde este sonho veio. Não podia ter sido mais óbvio e ter mais significado!
1. Nunca fui de forma tão flagrante trocada por ninguém. Mas a única vez que fiz planos e tive sonhos com alguém, ele escolheu logo depois de mim (ou ao mesmo tempo, acho que nunca saberei) alguém com quem os realizar. Alguém que não era eu, convém dizer...
2. Porque muito calmamente ontem, enquanto discutíamos os prós e contras de morarmos juntos o JP me diz que já não era a primeira vez que morava com alguém. Claro que me caiu tudo ao chão. Primeiro, porque esperou meses para me dizer e segundo porque nunca imaginava. Mas quem me manda a mim, pôr as mãos no fogo, pelas pessoas com quem estou?!
Moral do sonho: Um medo incrível de pôr novamente os meus sonhos em segundo plano e nunca os chegar a concretizar, pois alguém melhor aparecerá pelo meio.
Eu sei, que os homens só por o serem, não são todos iguais (se bem que as semelhanças entre todos são assustadoras). E tudo bem, que porque aconteceu uma vez não acontecerá outra. Não, até porque acho que não aguentaria sofrer assim outra vez (já me bastou a amostra de dor que senti no sonho). Mas a minha questão é: quando realizarei EU os meus planos e sonhos, sem entraves, com alguém que me diga: " 'bora, quero muito, vamos arriscar, vamos para a frente! Amamo-nos, é tudo o que interessa!" Quando deixarei EU que de seguir e respeitar o ritmo da pessoa com quem estou, para passar ele a seguir e respeitar o meu?
O JP é alguém com quem pretendo ficar toda a vida. Para quem olho e vejo um companheiro, o pai que sempre desejei para os meus filhos. Mas e ele olhará para mim e verá o mesmo?
Porque contabilizamos relações como se fossem contas matemáticas? Ao fim de um ano viver juntos, ao fim de dois casar, ao fim de três e meio um filho, blá, blá, blá.
Não deveriam os sentimentos e as certezas terem um papel mais importante (ou o único importante) nas nossas decisões? O que interessa o que fulaninho fez ou o que a sociedade impõe? Se eu quero, se tu queres, porque não?

3 comentários:

  1. Não tenhas medo e não racionalizes tanto o amoe. :)

    ResponderEliminar
  2. Eu também penso assim, sinceramente..
    mas infelizmente aquilo que tenho visto ultimamente tem me deixado meia de pé atrás...também por agora não tenho ninguém com quem dividir esses medos, por isso minha querida, se querem, força !!!
    Mas também não faças algo só por ele e não por ti...tem de ser por vocês !!!!

    (não sei porque raio o meu blog não deixa aparecer as tuas actualizações, arre...)

    ResponderEliminar