Ontem desliguei-me do mundo. Das pessoas, das ruas, dos media e principalmente das redes sociais.
Não por inveja. Entendo como inveja o nosso desejo que os outros não tenham algo. Não é isso que sinto. Simplesmente também mo queria muito, para mim.
Sempre festejamos o dia do pai, com pompa e circunstância. Escolhíamos com antecedência a prenda a dar e ao jantar reuniamo-nos. A minha mãe fazia uma refeição especial e partilhávamos amor e gargalhadas.
O meu pai era curioso com os presentes e abria-os com gosto. Tal e qual uma criança. Até os tínhamos de esconder dele. E nós adorávamos vê-los assim, vaidoso e contente, entre aqueles que amava e para os quais viveu.
Ontem recordei-o com muito carinho e orgulho. Porque apesar de o ter tido apenas por quase 34 anos, soube o que era ter um PAI.Não um qualquer, um amigo preocupado e sempre presente.
Claro, que quanto melhor é a pessoa, quanto mais a amamos e quanto melhor nos trata, mais sentimos a sua falta. E foi isso que aconteceu ontem. Muita saudade, um vazio enorme. Um imaginar os filhos a poderem abraçar os seus pais e dizerem que os amam. E eu ter de ir deixar um postal, numa pedra fria de granito polido.
Porque tudo o que sou é graças a ti. Mas sem ti, nada sou.
Sem comentários:
Enviar um comentário