mas chamo-lhe puto, carinhosamente. Como tradução livre, do kid ou kiddo. Não tem qualquer tom pejurativo. É chamado com muito amor e ele acha piada. Retalia com um cota.
O puto aparece-me á porta de casa, para uma conversa. Que termina num até qualquer dia. Seguido do atravessar de rua, mais longo da minha vida. De umas lágrimas derramadas, já sozinha em casa, quando me apercebi que do nada, a Mel desencantou uma meia dele (quais seriam as probabilidades!!). O telefone toca. Era ele novamente. Coração bate, acelera, parece que vai sair do peito. " - Podes descer?" - pergunta Voo pelas escadas a baixo. " - Não te podia deixar ir..."- sussurra Longo beijo. Abraço apertado. 2 pares de olhos brilhantes. Dois adultos adolescentes felizes a brincar, saltitar e a trocar caricias no meio da rua, até ás 2 da manhã. E "against all odds" Scarlet e o puto, are back on! :D
A nossa relação não resistiu a todos os obstáculos. E passavam uns minutos das 22h de sexta-feira quando rompi com ele. A sua ausência é uma presença constante na minha vida. Mas as diferenças eram inconciliáveis. Especialmente com as atitudes que se seguiram... Era boa ideia, eu habituar-me á ideia de ficar sozinha, o resto da minha vida...se calhar não está nas minhas cartas.
Scarlet + Puto - Rest in peace.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
E a Scarlet vai fazer de seguida...a sua sexta tattoo.
E a Scarlet ficou em casa, a ver a "Casa dos Degredos", pois Domingo foi ao cinema e não teve oportunidade. Que riquinhos, o Marco e o Carlos! E vocês, já têm favoritos?
"I'd like to be making babies but I'm not, so I'm making movies. When someone comes along I don't think I'll be able to do both and I'm fine with that. I'll make movies until I make babies."
Ryan Gosling e eu estamos em sintonia. One can only dream! ;)
Eu sei que somos todas diferentes, com ideias e objectivos de vida diferentes e não me cabe a mim julgar ninguém, nem tão pouco sou modelo exemplar para o fazer. Mas choca-me mulheres abdicarem do estado de gravidez, que para mim é um estado "sagrado", só para não engordar, "alargar ancas" "carregar com ele nove meses" (como já ouvi). Não há nada neste mundo que mais deseje do que ser mãe, mas infelizmente ainda não tive oportunidade. E tenho um medo incrível de nunca poder realizar esse desejo, por um motivo ou outro... O que existe de mais bonito do que criar uma vida em nós e oferece-la ao mundo? A meu ver é uma dádiva, não um peso, um pesadelo, como muitas mulheres o vêem. E ter um homem ao nosso lado que queira ter um filho nosso, de iniciativa própria, parece-me a maior prova de amor que alguém pode dar. Se tivesse hipótese queria ter três filhos. Mas como só me restam cerca de 10 anos para o poder fazer, vai ser já muito complicado. Por isso que me "repudia" ver mulheres com um nível económico aceitável, um parceiro estável e interessado em ter filhos e elas não quererem por razões estéticas. Parece-me de um egoísmo profundo. Mas são opções. E cada mulher ter direito á sua. Só desejava estar no lugar delas.
Tenho sonhado noite sim, noite não, com o meu ex. O tal... Sei que não é por ter ainda sentimentos por ele. Pois esse barco á muito zarpou (finalmente). Mas a verdade é que me tem intrigado. Talvez por os rituais de namoro terem voltado a entrar na minha vida: os jantares a dois em casa, as idas ao supermercado, o cinema, as noites em conjunto, ... Talvez isso me faça, sem me aperceber, pensar nele. Não me tenho recordado dos sonhos, mas sei que ele está lá. E talvez me tenha que mentalizar, que sempre estará. Não há amores iguais. E apesar do sentimento desvanecer, existem presenças que permanecem, na nossa vida, para todo o sempre.
Tivemos a nossa primeira discussão ontem, que começou por ser um arrufo e está neste momento, a pôr tudo em causa. Apercebi-me que assim que alguém falha, eu dou passos atrás e volto á linha de partida. Tal é o medo de sofrer. O que ele fez foi mínimo. Eu dei-lhe proporções gigantescas e ofendi-o. Hoje estava ele magoado e fez questão que eu entendesse, indo tomar café com um casal amigo, sem avisar, deixando-me 20 minutos á espera. Levei a mal. Não pensei que ele lidasse com os problemas com joguinhos. Estou desiludida. Gosto dele, mas neste momento não tenho vontade de lhe tocar, de o beijar, de o ter a meu lado... Não o quero perder. Mas não sei se vamos sobreviver.
Desde ontem que estou numa daquelas fases de "Fónix, tenho que ir á bruxa"! De caimbras diabólicas, a cabeçadas em bicos afiados, a deixar cair o telemóvel vezes sem conta, a discussão acesa com colega de trabalho que mal conheço, etc e tal. Não sei que mais está para acontecer. Até estou com medo de pegar no carro!
Nunca me senti segura ao lado de um homem. Talvez porque nunca nenhum me tenha amado da maneira que eu queria. Faltava sempre algo, ou por um motivo ou outro deixavam-me desconfiada. Com ele, não tenho preocupações, desconfianças, medos. Ele encarrega-se de tudo, pensa em tudo para que nada nos falte, me falte. E isso faz dele um grande homem. Durante esta semana tive surpresas diárias organizadas por ele, miminhos, atenção, palavras meigas e muita dedicação. Mais uma vez, aprendi uma grande lição da vida: nos sítios mais improváveis encontramos a felicidade. E não devemos ter "pré conceitos", pois as pessoas não devem ser julgadas antes de as conhecermos, antes de lhes darmos uma hipótese. Amamos os dois da mesma maneira, com a mesma intensidade e sem freios. Não temos medo de expor sentimentos, gargalhadas e carícias. Estou feliz e acima de tudo tranquila como nunca na vida estive. E foi preciso chegar aos 30 anos, quebrar um tabú, arriscar no improvável e ser surpreendida por um miúdo de quase 23 anos, que me tem feito sentir a mulher mais amada do mundo.