Hoje finalmente estreou o filme Shame de que tanto falei e que tanto esperei para ver.
Optei pela primeira sessão do dia, para ter a sensação de uma (falsa) ante estreia e fui sozinha, o que me fez sentir um pouco constrangida. Pensei logo numa sala escura, cheia de tarados...
Muito me enganei! A sala estava cheia de velhinhas...sozinhas. E quando digo velhinhas, é no verdadeiro sentido da palavra: septuagenárias!!! A pessoa mais incomodada devia ser mesmo a mais nova da sala, eu! E pior fiquei quando um tipo, com a fila toda vazia, se veio sentar junto a mim (vá, com um lugar pelo meio)!
Mas felizmente nada de mais aconteceu! Só mesmo o filme brilhante, ao qual todos assistimos até ao fim. Para meu espanto não houve desistências. Achei que alguma velhinha ia ter uma quebra de tensão, de tanta emoção repentina!
Mas não! E ainda bem...
O filme não é de todo tão chocante como se publicitou. Nada é explicito e foi tudo filmado de forma extremamente delicada e com muito bom gosto.
É um filme escuro, dramático, cru e marcante. Não pelas cenas de sexo, mas pelo constrangimento que elas causam. Não é sexo saudável, é sexo doente! É assistirmos á espiral de auto-destruição de um viciado, que seja qual for a situação procura o orgasmo como forma de escape. Menos para a emoção, para o afecto, para a alegria...
Além disso, Shame é imprevisivel e prende-nos no seu desenrolar, deixando muitas das atitudes de Brandon em aberto, sempre com várias interpretações possíveis, dependendo dos olhos que as vêem.
Poderia estar aqui horas a falar do filme. E sem dúvida, quero revê-lo em breve.
Mas fica aqui o meu conselho. Não esperem sair dele feliz, pois o sentimento vai ser o contrario. Mas esperem sair da sala, com um filme inesquecivel na bagagem, que muito vos vai fazer pensar...
quinta-feira, 1 de março de 2012
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