Jade Goody não era uma santa, não era um exemplo a seguir. Era pouco inteligente e culta, desbocada e desleixada. Era espalhafatosa, sedenta de fama e muito criticada.
Mas Jade Goody mudou a visão que o mundo tinha dela, no momento, em que num reality show indiano (o mesmo que em Inglaterra a tornou famosa) soube que tinha cancro no colo do útero, que viria a ser terminal e por conseguinte, fatal.
Jade deixou-se ser seguida, nos últimos meses da sua vida pelas câmaras, vendou fotos, entrevistas, o casamento, o funeral e todo o dinheiro que conseguiu fazer reverteu para os seus dois meninos, Bobby (2003) e Freddie (2004).
Eu conheci-a quando se tornou uma "celebridade", vi-a cair da espiral do abuso do álcool, das oscilacoes de peso, dos amores e desamores. Lembro-me de ter sido mãe, de entrar na decadência e por fim, de descobrir que tinha meses de vida.
Jade era do meu ano e morreu de uma causa que também já abalou o meu mundo.
Admiro a sua coragem, a sua forca e o amor que tinha pelos filhos, lutando ate ao ultimo fôlego de vida, para lhes deixar dinheiro suficiente para poderem ter uma educação superior `a sua, como disse. No amor, era romântica e idealista, nunca fez o que os outros quiseram e nunca se importou com a opinião de terceiros. Sempre seguiu o seu coração. E casou com o seu rebelde e instável namorado, enquanto ainda lhe restavam forcas.
Foi uma vida ceifada, a meu ver. E passado um ano ainda, não esqueci, nem creio que tão cedo esquecerei Jade Goody.
Ela fez-me perceber, que a vida `e efémera, independentemente da idade que temos. Por isso, não deixem de realizar os vossos sonhos, por mais tolos e irreais que possam ser, pois só assim, a vida faz sentido.
Quando vi o documentario que ela filmou ao longo do combate contra a doença fiquei chocada...
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