Já a Aretha Fraklin canta sobre ele - R.E.S.P.E.C.T

Hoje acordei a pensar em respeito. No respeito que temos por nos próprios, mas também pelos outros, que nos amaram, que dividiram connosco, as suas vidas.
Já em idade adulta (e não `e coisa que me orgulhe, mas acontece), iniciei duas relacoes com pessoas, pelas quais achei que estava apaixonada. Houve aquele tempinho de flirt,  de "apalpar terreno", de conhecer melhor o outro. E achei que realmente estava apaixonada por eles e pronta para começar uma relação, que a meu ver, teria futuro.
A verdade `e que me apaixono facilmente. Não nego. Mas `e verdade também que me "desapaixono" quase tão rápido! E foi o que aconteceu. No fim do primeiro mês, apercebi-me que o que julgava ser empatia ou paixão, era apenas ilusão e pouco ou nada tínhamos em comum. E como para mim, `e totalmente impossível ter uma relação, entregar-me, não só física, mas também espiritualmente a quem não amo, resolvi por um ponto final no que tínhamos.
Não de consciência leve, porque sei o que dói, ouvirmos de quem gostamos, que a nossa historia vai ficar por ali, sentei-me com eles e expliquei-lhe a razão de querer terminar a relação. Se as razoes foram boas ou mas, não sei. Foram as verdadeiras.
Não acredito que seja melhor do que ninguém, ou mais corajosa, acredito que as pessoas que me trataram bem e acharam que eu era digna de dividirem as suas vidas comigo, merecem no mínimo respeito.
No entanto, os homens que acabaram comigo, que chegaram eles a essa conclusão (com todo o direito), nunca tiveram esse mesmo respeito comigo: um era miúdo, tinha 19 anos, ainda lhe perdoo o facto de ter terminadoum relacionamento de quase um ano, no qual já usávamos ate alianças de comprometidos, por telefone, quando estava eu de ferias a quase 2000Km de distancia. O outro pela Internet, após uma semana juntos em Madrid, o seguinte por mail (se bem que esse morava do outro lado do atlântico, não posso pedir muito mais) e este ultimo, nem sequer chegou a ter essa conversa comigo!! Nem por email, sms, telefone, pombo correio, fax, telegrama, carta, tele ponto, enfim, muito menos cara a cara!
Estará a virtude em mim? `E assim que tratamos as pessoas que já não nos interessam? Nem lhes damos uma ultima palavra? Achamos que não vale a pena, atenuar a dor que estao a sentir por nos perder? Ter um pouco de consideração, respeito?
Acredito realmente, que seja mais fácil nunca mostrar a cara, mas `e esse o tratamento que damos `a pessoa, que nos teve como especiais, como únicos?
Não entendo o mundo que vivemos hoje em dia. Talvez seja eu que estou deslocada, talvez os meus princípios já não se enquadrem neste sociedade "descartavel". Mas sou assim e mesmo desrespeitada vezes sem conta, não farei o mesmo a alguém, que apenas me soube tratar bem.