sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A revolução conformada

Ontem fui rever o filme que mais me marcou ate hoje. Fui vê-lo já com a angustia de saber que me iria deixar novamente fragilizada, apesar de me encontrar numa fase um pouco diferente da minha vida, do que quando o vi pela primeira vez..
"Revolutionary Road", faz-me tremer de medo, assusta-me no verdadeiro sentido da palavra. Perder a chama de viver, a ambição, cair numa rotina dolorosa e consequentemente fatal, `e realmente aquilo que me tira o sono `a noite.
Quando somos jovens e conhecemos alguém, achamos que a nossa historia vai ser única, que juntos ultrapassaremos todos os obstáculos e viveremos um conto de fadas, um amor, por mais ninguém sentido. Mas e se ao longo dos anos as opiniões vão mudando, as personalidades vão-se alterando e começamos a seguir rumos opostos? E se nos vamos arrastando, simulando, sobrevivendo numa vida que não `e nossa em prol do nosso parceiro? Temos filhos, quando queremos ser livres, estabilizamos quando queremos voar, fingimos quando queremos chorar, rir, sofrer, dançar, gritar!
Que asfixia!
Não sei o que o meu futuro me reserva. Se `e que uma vida a dois esta escrita nas minhas cartas. Mas tenho medo, muito medo de perder esta fúria de viver, de viver a MINHA vida!

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